Cabo Verde premeia vencedores do Prémio Nacional Direitos Humanos 2015
Uma ativista social e artista plástica, Misá, Aldeias Infantis SOS, uma investigadora, Dionara Graça, e a organização social Delta Cultura são os vencedores do Prémio Nacional Direitos Humanos 2015 em Cabo Verde, apurou a PANA, segunda-feira, de fonte segura.
O glardão diz respeito às categorias de Personalidade, ONG’s, Estudo Científico e Combate à Violência e Promoção da Cultura da Paz, de acordo com fonte.
O júri que atribui o prémio instituido pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC), justificou a atribuição do galardão na categoria de Personlaidade no ano findo à Maria Isabel Alves “Misá” em reconhecimento do seu trabalho de mais de duas décadas com impacto social, sobretudo no que se refere à preservação da identidade cultural e à melhoria da qualidade de vida da comunidade dos Rabelados, no interior da ilha de Santiago.
Foi também destacado o facto da artista plástica ter vindo a usar a arte para contribuir para a promoção de Porto Madeira, aldeia onde vive a comunidade dos Rabelados, mas também de Cabo Verde no exterior.
As Aldeias Infantis SOS Cabo Verde, presentes em Cabo Verde há várias décadas, venceram o Prémio na categoria ONG’s, devido às atividades que tem desenvolvido em algumas ilhas e que têm contribuído para a melhoria das condições de vida da camada infanto-juvenil a vários níveis, sobretudo no tocante aos potenciais alvos de estigma social.
Na categoria Estudo Científico, a investigadora Dionora Graça foi a vencedora devido ao trabalho “Políticas Públicas Cabo-verdianas contra a Violência Baseada no Género”.
Nesta categoria, foi ainda atribuída uma Menção Honrosa a Carlos Bellino Sacadura, tendo em conta o seu trabalho “Estudos sobre Filosofia da Educação na Perspetiva da Ciência, da Arte e dos Valores”, especialmente ao seu capítulo 4 intitulado “Educação para a Cidadania e para os Direitos Humanos”.
Na categoria Combate à Violência e Promoção da Cultura da Paz, o prémio foi para a Delta Cultura de Cabo Verde, uma organização que tem contribuído para a prevenção da violência juvenil, com efeitos positivos na mudança de comportamento de crianças e jovens.
Nessa categoria foi ainda conferida uma Menção Honrosa à Associação Pilourinho, como forma de reconhecer e incentivar “a continuidade do meritório trabalho feito para a prevenção e intervenção direita com grupos juvenis desviados práticas anti-sociais, contribuindo assim para a paz na sua comunidade e não só”.
Esta foi a quinta edição do Prémio, sendo que as edições anteriores decorreram em 2007, 2008, 2011 e 2013. Em 2012, foi publicada uma brochura sobre o Prémio, com o objectivo de ampliar a divulgação do concurso, considerado fundamental para o reforço e incentivo às boas práticas existentes na sociedade cabo-verdiana em matéria de Direitos Humanos e Cidadania.
O Prémio, que tem uma periodicidade bienal, consiste na atribuição de uma quantia de 250 mil escudos cabo-verdianos (ECV), ou seja cerca de dois mil e 272 mil euros, de um diploma e duma escultura denominada “Pomba Crioula”, da autoria dum artista plástico cabo-verdiano, Leão Lopes.