Banco Mundial duplica financiamento para Cabo Verde, diz governo

O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou, fim-de semana, que o Banco Mundial (BM) duplicou o envelope financeiro para Cabo Verde para os próximos três anos, passando de 42 milhões de dólares americanos para 90 milhões.

Segundo Ulisses Correia e Silva, “isto é o resultado de um grande esforço de restauração da confiança junto dessa instituição”, confiança que, precisou, “estava degradada devido à situação em que o anterior Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) deixou a tansportadora aérea cabo-verdiana (TACV)” e suas “implicações em termos de riscos para a economia do país”.

Na sua página do Facebook, Ulisses Correia e Silva indicou que “a TACV estava para ser liquidada” e que “todos os dados apontavam para esse caminho”.

Mas, prosseguiu, “devido a esforços deste Governo, a empresa vai ser reestruturada e privatizada com o apoio do BM”.

A seu ver, isto é o resultado da inversão da tendência de descalabro financeiro em que se encontrava a empresa e de uma estratégia credível de recuperação e de privatização.

De acordo com o disse o primeiro-ministro cabo-verdiano, num encontro com militantes do Movimento para a Democracia (MpD, partido no poder), na cidade do Mindelo, na ilha de São Vicente, Cabo Verde já recuperou a confiança de vários países e instituições como o Banco Mundial e a União Europeia (UE).

Ulisses Correia a Silva disse já saber o que vai acontecer no país doravante, não podendo, no entanto, por precaução, revelar como é o dossier relativo à TACV e à questão de isenção unilateral de vistos a cidadãos da UE que está a gerar alguma polémica no país.

De acordo com o chefe de Governo, muitos cidadãos cabo-verdianos consideram que essa medida devia merecer reciprocidade por parte dos países europeus em relação aos Cabo-verdianos que viajam para a Europa.

Fonte: Panapress

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