São Vicente: Governo negocia caderno de encargos e exigências financeiras da regata Ocean Race – Paulo Veiga (c/áudio)
O secretário de Estado-adjunto para a Economia Marítima disse hoje, no Mindelo, que o Governo não pode precisar os custos que Cabo Verde terá com a regata Ocean Race porque ainda está a negociar o caderno de encargos.
Questionado pela Inforpress, durante conferência de imprensa, sobre as exigências financeiras que Cabo Verde terá, principalmente, as condições logísticas que a ilha de São Vicente terá de cumprir para receber uma etapa da regata “The Ocean Race” 2021-22, Paulo Veiga, explicou que o processo ainda está em fase de negociação, pelo que o contrato vai ser anunciado “brevemente”.
“Temos uma equipa que nos preparou a candidatura e estamos em negociações com eles. Mas o objetivo do Governo é que tenha menos custos possíveis e através de parceiros e de empresas consigamos cumprir com essas obrigações”, enfatizou Paulo Veiga.
Questionado novamente pela Inforpress sobre as “implicações financeiras”, trazendo à liça o exemplo de Lisboa que, de acordo com imprensa portuguesa (SIC, Dn.pt, entre outros), saiu da rota da Ocean Race alegadamente por questões financeiras, o mesmo referiu que as questões financeiras vêm depois da candidatura.
Pelo que pensa que “Lisboa não foi escolhida”, porque apresenta-se a candidatura e “depois negocia-se os acordos”, afirmou.
No entanto, Paulo Veiga garantiu que os preparativos para receber esta competição começaram desde o ano passado, primeiro com a equipa que preparou a candidatura e depois com a equipa da Ocean Race que esteve em São Vicente para ver “as condições mínimas”.
“Para os projetos que temos já em andamento e os que vão arrancar contamos ter o alojamento das equipas que estarão cá e isso é uma das exigências do Ocean Race”, acrescentou o governante, para quem outro objetivo é “acolher a competição mais vezes e atrair investimentos” para São Vicente.
Paulo Veiga informou que, normalmente, a movimentação causada na cidade que recebe esta competição dura duas a quatro semanas, incluindo a movimentação logística dos portos e dos aeroportos para trazer os equipamentos, para além dos canais e comunicação social mundial e das equipas de manutenção que se instalam à espera da chegada dos veleiros.
Mas, acrescentou a mesma fonte, além da competição, cada vez que fazem uma paragem nas cidades, a Ocean Race faz eventos ligados à proteção dos oceanos e atividades diversificadas, o que implica envolver a cultura local e nacional.
Para o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, a escolha da ilha para receber a regata “The Ocean Race” 2021/22 mostra “a grande dimensão” da ilha de São Vicente.
Augusto Neves defendeu ainda que a vinda da regata é uma “oportunidade estratégica” para “posicionar Cabo Verde enquanto destino turístico de alto nível” e “mostrar o que de melhor o país tem para oferecer”.
Fonte: Expresso das Ilhas