​FIC 2019 em “casa apertada” no adeus à Laginha

Com lotação esgotada, a XXI edição da Feira de Internacional de Cabo Verde (FIC) arranca dentro de menos de uma semana, em São Vicente. A seis dias do início do certame, que decorrerá de 13 a 16 de Novembro, os pavilhões da Laginha registam a azáfama habitual. Este ano, a mostra empresarial abre portas sob o lema “Cabo Verde, uma economia de circulação no Atlântico médio”.

O presidente da FIC, Gil Costa, espera ter tudo pronto até final da semana, para que na segunda-feira as empresas possam montar os seus espaços. Este ano, são esperados 88 expositores, que esgotarão os 180 lugares disponíveis.

“Nas duas últimas edições da FIC [em São Vicente], não tem sido possível crescer. Temos estado no número máximo de stands. Mais ou menos 45 dias antes da data limite [27 de Setembro] já tínhamos as inscrições fechadas. Isto é um bom sinal, quer dizer que há procura, há confiança neste evento”, considera.

Em 2021, quando regressar a Mindelo – a edição de 2020 será na Praia– a FIC já deverá ter lugar em novas instalações, previstas para o Parque Industrial do Lazareto. Para o actual espaço está previsto um hotel do grupo Sheraton.

"Estamos a encarar esta mudança como uma oportunidade de crescer. Tendo uma infra-estrutura de raiz, com as valências que um centro de congressos e eventos deve ter, um espaço multiusos, não só poderemos aproveitar o espaço, como também poderemos acompanhar as tendências", antecipa Gil Costa, em declarações ao Expresso das Ilhas.

Tal como estabelece a organização, a FIC 2019 quer ser um espaço de promoção de negócios, transferência de conhecimentos e criação de parcerias empresariais.

programa paralelo decorre de terça a domingo. Na terça-feira, dia 12, no auditório da Universidade do Mindelo, acontecerá o V Simpósio Germano-Cabo-Verdiano de Energia. Na quarta, 13, a sala de conferências da Câmara de Comércio de Barlavento (CCB) receberá um seminário dedicado ao financiamento da economia. Quinta-feira, 14, no mesmo espaço, um outro encontro debaterá a conectividade interna e regional. Finalmente, sexta-feira, 15, mais uma vez na CCB, a manhã será dedicada à internacionalização da economia cabo-verdiana.

O lema da FIC 2019 serve de mote. A feira quer reforçar a posição geográfica estratégica de Cabo Verde, apresentando o país como porta de entrada para o vasto mercado africano.

"Olhamos Cabo Verde como uma porta de acesso. O nosso mercado é exíguo. Olhar só para Cabo Verde pode não ser interessante do ponto de visto dos custos. Ao se pensar no contexto da CEDEAO e, mais recentemente, na Zona de Comércio Livre Continental Africana, Cabo Verde torna-se atractivo”, acredita o presidente da Feira Internacional de Cabo Verde.

Do total de empresas confirmadas para a XXI edição da FIC, 69 por cento são de direito cabo-verdiano. Um número menor, 29 por cento, viajará de Portugal. Dois por cento dos expositores chegarão do Brasil.

Da Alemanha é esperada uma “forte delegação” de visitantes profissionais. Igualmente da China – que poderá ser o país parceiro da FIC 2020 – aterrá em São Vicente uma comitiva de empresários.

Fonte: ECONOMIA

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