JMN e Cristina Duarte destacados como figuras que transformaram a África: Neves bem posicionado para CEA da ONU
A comunidade internacional continua a reconhecer o prestigio de Cabo Verde. O antigo primeiro-ministro, José Maria Neves (JMN), que governou o pais nos últimos 15 anos, e a ex-ministra das Finanças, Cristina Duarte, acabam de ser reconhecidos e integrados numa lista das 100 personalidades que transformaram a África, segundo a edição 2016 da revista “Financial Afrika”. Em meios poltico-diplomáticos, José Maria Neves está a ser projectado como uma figura que reúne todas as condições para ser um bom secretário executivo da Comissão Económica para África (CEA) das Nações Unidas.
Este reconhecimento mundial a estas duas personalidades - santo de casa não faz milagre - não deixa de ser importante para o nosso país. Mas tem um sabor mais especial para José Maria Pereira Neves, que reúne todas as condições para ser, segundo meios diplomáticos, um bom secretario executivo da Comissão Económica para África das Nações Unidas. Bastando para tal, um convite do actual secretario-geral da ONU, o português António Guterres.
Chefe do Governo de 2001 a 2016, José Maria Pereira Neves, 56 anos, é citado pela revista especializada em finanças como o homem que “mudou estruturalmente o país” e que “sob o seu comando colocou o arquipélago nas fileiras dos países de rendimento médio”.
Já Cristina Duarte, 53 anos, outrora ministra das Finanças do Governo de José Maria Neves, é destacada pela forma como soube administrar a pasta que tutelava, a tal ponto de sonhar em “colocar a sua experiência em rede para o continente”.
Segundo Inforpress, a revista refere-se que Cristina Duarte “teve uma candidatura bem-sucedida para a presidência do Banco Africano de Desenvolvimento”, corrida na qual “perdeu por pouco em uma rodada final memorável contra o actual presidente do BAD, Akinwimi Adesina”.
Para a revista, Cristina Duarte aspira “mais do que nunca servir o continente”.
Outras figuras destacadas
Neste universo das cem personalidades destacadas, afiguram nomes como o economista bissau–guineense, Carlos Lopes, secretário-geral executivo da CEA, Akinwumi Adesina, presidente do Banco Africano do Desenvolvimento, Donald Kaberuka, antigo presidente do Banco Africano do Desenvolvimento, Kabine Komara, antigo primeiro-ministro da Guiné Conacri, o marroquino Mohamed Benchaâbourn, presidente e diretor geral do Grupo Banco Popular.
Nomes como Charles Kié, director geral da Ecobank Nigéria, Binta Ndoye Tpuré, antiga diretora geral da Ecobank do Mali, o mauritaniano Sidi Ould-Tah, diretor-geral do Banco Árabe para o desenvolvimento também constam desta lista.
A revista faz questão de explicar que para esta avaliação não tiveram em conta o “ranking” da fortuna e muito menos a idade, mas que os critérios foram baseados no impacto das ideias, actividades, invenções ou redes de produção de media no desenvolvimento de África.
“O desempenho aqui, como analisado por nosso parceiro West Cape Strategy Group, se resume à capacidade destes actores financeiros dos Estados Africanos para vencer a inércia e organizar as condições necessárias para o desenvolvimento de agentes económicos”, lê-se nesta revista.
Esta avaliação “criteriosa” foi feita por uma vintena de especialistas e jornalistas do Financial Afrika, e estendida a um “ranking” de dez melhores Ministérios das Finanças do continente.
Fonte: A Semana