Agências de viagens terão de se preparar para enfrentar os desafios do mercado atual – responsável

O presidente da Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde alertou para a necessidade de as agências de viagens se prepararem para fazer face aos desafios do mercado actual e aos novos modelos de negócio.

“(…) é necessário que se preparem porque não existe outro caminho para a sua sustentabilidade”, acautelou Mário Sanches, tomando como referência uma notícia da TAP, que aponta que 41% do negócio foi feito online, perspetivando ainda aumentar as vendas online para 50%, em 2019.

Mário Sanches fez essas considerações, à margem da primeira Conferência Ministerial sobre Turismo e Transportes Aéreos em África, que decorreu de 26 a 29 de Março na cidade turística de Santa Maria, ilha do Sal, em que participou na qualidade de representante das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde.

“É claro que mais vendas online tiram o negócio às agências de viagens. Ou seja, as agências vão ter mesmo que dar esse passo se quiserem manter-se sustentáveis”, alertou, chamando igualmente atenção no sentido de se perceber qual o impacto que a Internet tem, atualmente, na intermediação das agências de viagens.

É que, devido ao avanço das tecnologias de informação, a Internet vem se mostrando cada dia mais presente na vida das pessoas e também no mercado de viagens.

Perante o desafio, considera-se, por outro lado, que o papel das agências de viagens e turismo é de “fundamental importância para o desenvolvimento da atividade turística de um país, devendo aderir ao novo cenário, procurando acompanhar a evolução, renovando e actualizando sempre os seus serviços.

Neste contexto, Mário Sanches considerou que a realização da I Conferência Ministerial sobre o Turismo e Transportes Aéreos em África é uma oportunidade para projetar uma imagem positiva do país, no exterior, enquanto destino turístico, mas também como “gateway” entre o continente africano e diversos outros pontos do globo.

O responsável, para quem sem transportes não há turismo, espera que os resultados desta conferência venham aumentar a conectividade em África, a mobilidade dentro do continente, mas também dentro do país, e seja uma forma de potenciar o crescimento, desenvolvimento do turismo em África e em Cabo Verde.

“A sustentabilidade das agências de viagens passa, naturalmente, não só por vender viagens, mas para vender outros serviços, pacotes turísticos. Eu penso que nesse momento, é um passo que foi dado no sentido de as agências perceberem que é necessário, realmente, haver essa mobilidade, essa possibilidade de fazermos mais negócios”, enfatizou.

Para Mário Sanches, o anúncio da retoma do voo da companhia angolana TAAG para Cabo Verde, passando por São Tomé e Príncipe, da Cabo Verde Air Lines, que irá fazer viagens para Nigéria, e possivelmente, voos da Air Côte D’Ivoire para Cabo Verde, é sinónimo de mais negócios.

“As agências de viagens poderão ver nesses operadores uma forma de potenciar o negócio. Temos que estar conscientes disso. É claro que temos desafios internos que temos que ultrapassar, a nível de mobilidade, mas é um caminho a construir”, concluiu.

Fonte: InforPress

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