PM: Eficiência, eficácia e produção de resultados são desafios que a administração pública tem que ganhar
O primeiro-ministro considerou hoje que a eficiência, a eficácia e a produção de resultados são desafios que a administração pública cabo-verdiana tem que ganhar para se ter “o melhor Estado, o bom Estado”
Ulisses Correia e Silva que discursar na abertura do fórum “Qualidade dos serviços públicos e ambiente de negócios”, em São Vicente, defendeu a ideia de um Estado eficiente que seja de facto o promotor e fomentador da atividade económica e competente nas suas funções centrais de soberania, segurança, justiça, regulação económica.
“É esse Estado que temos que pôr de pé”, afirmou, reforçando que se não for “eficiente e competente criará certamente problemas” às famílias, às empresas e às organizações.
Por isso, sintetizou o chefe do Governo, as reformas em curso e as previstas “têm que produzir resultados” para se ter a administração pública almejada, capaz de criar um ambiente “muito mais favorável” para produzir “um bem necessário” para o funcionamento do país.
Mas alertou, com foco naquilo que deve ser o papel da administração pública, que é o serviço público, ajuntou, ao invés “dos excessos que ainda existem” da presença do foco político partidário na vida social, económico e da administração.
“Este é o primeiro nível da grande mudança que todos têm que fazer, da criação de uma cultura organizacional de comprometimento único e exclusivo com o serviço público”, lançou, precisando que tal se faz com instrumentos baseados num programa de reforma da administração pública que tem que ser adaptado ao novo paradigma.
“O país tem que adequar a uma relação com a economia mundial e encontrar nichos para prestar serviços internacionais com qualidade e exportar, ou teremos dificuldades sérias de sobrevivência”, alertou.
Ciente de que o país vai conseguir chegar a esse patamar, pois ao logo da sua história “ultrapassou sempre dificuldade”, o primeiro-ministro considerou que agora é “fulcral ter mais ambição”, já que, concretizou, hoje “está claro” que estabilidade, previsibilidade, confiança e segurança são os “elementos essenciais” de inserção na economia mundial para países como Cabo Verde, que “precisa valorizar a sua credibilidade externa”.
Ulisses Correia e Silva nomeou ainda outro capital que é o conhecimento e, aqui, sublinhou “há que fazer ruturas no sistema de educação” em Cabo Verde, no sentido de orientar e alinhar por critérios de excelência, sem esquecer as políticas de inclusão.
O fórum, promovido pelo Governo, através do Ministério das Finanças, em parceria com a Direção Nacional da Administração Pública e a Casa do Cidadão, será encerrado esta tarde pelo ministro das Finanças, Olavo Correia.
Fonte: Sapo Notícias