NOSI já desenvolveu mais de 100 aplicações em áreas como Saúde, Finanças, Educação e Previdência Social
O Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI) já fabricou até ao momento mais de 100 aplicações para as áreas como Saúde, Finanças, Previdência Social, Educação e Gestão Territorial, visando um “melhor atendimento” ao cidadão.
Em declarações exclusivas à Inforpress, à margem do workshop internacional sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), realizada na Cidade da Praia, o presidente do conselho de administração do NOSI, António Fernandes, disse que se trata de aplicações “muito importantes” que o Estado usa na governação electrónica.
Além de clientes nacionais, o NOSI já está no além-fronteiras, passo esse que António Fernandes garante como sendo em direcção à internacionalização da instituição.
“A CEDEAO (Comunidade Económica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental) é neste momento uma cliente nossa, com os seus servidores instalados na nossa Data Center e trabalha remotamente”, revelou o PCA do NOSI, adiantando que Moçambique está entre os seus clientes internacionais.
Nesse país do Índico, que é também membro da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), segundo Fernandes, o NOSI desenvolveu uma plataforma direccionada ao licenciamento turístico, industrial e comercial.
Além de Moçambique, o NOSI está ainda em outros países da CPLP como São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial, além do Burkina Faso onde fez uma “consultoria importante” no desenho da governação electrónica desse país.
Segundo António Fernandes, a empresa desenvolveu o chamado IGRPWeb em ordem a servir os clientes internacionais, em que Moçambique foi o primeiro cliente.
Conforme explicou, para o desenvolvimento da plataforma IGRPWeb, o NOSI trabalhou durante dois anos com uma equipa de investigação e desenvolvimento interno.
O PCA do NOSI revelou ainda, que em Cabo Verde esta plataforma tem sido disponibilizada de forma gratuita aos jovens, através do chamado Programa Kriol, para que comecem a aprender a trabalhar com esta ferramenta, cujo modelo de negócio é “Faça você mesmo e Faça Low Cost”.
“Se este modelo de negócios tiver sucesso, eventualmente, os jovens cabo-verdianos já saberão trabalhar uma ferramenta que lhes poderá facilitar o processo de integração regional nesta área das Tecnologias da Informação e Comunicação”, apontou o responsável do NOSI.
O Parque Tecnológico de Cabo Verde (PTCV), em construção na Cidade da Praia, vai ser um ambiente para todas as empresas das tecnologias, não só das TIC, mas também das tecnologias de transformação e controlo de energia, o que poderá criar um ecossistema propício para a construção de uma “capacidade endógena” em Cabo Verde e capaz de servir o país e aos seus vizinhos.
O primeiro edifício do PTCV, segundo António Fernandes, deverá ficar concluído antes do final do ano e vai permitir que a diáspora cabo-verdiana em todos os países do mundo esteja presente no espaço digital do Parque Tecnológico.
“O Parque Tecnológico tem uma componente no Mindelo (São Vicente) cujas obras se iniciarão no início do próximo mês de Fevereiro”, avançou, acrescentando que a ilha do Porto Grande vai ter um novo Data Center, o qual vai dispor de instalações para treinos, incubações de startup e conferências.
O NOSI é uma rede privativa de telecomunicações do Estado com 12 mil assinantes e, de acordo as palavras do seu PCA, tem todas as componentes que uma empresa grande dispõe.
Fonte: InforPress