Cabo Verde precisa de $700 milhões para atrair investimento estrangeiro
O Governo cabo-verdiano precisa de 700 milhões de dólares para avançar com projetos previstos no país no âmbito do Investimento Direto Estrangeiro (IDE), declarou quarta-feira o ministro cabo-verdiano das Finanças, Olavo Correia.
Em declarações à imprensa no âmbito de uma sessão de apresentação a empresários cabo-verdianos de produtos e instrumentos de financiamento internacionais, Olavo Correia explicou que o Governo quer "criar condições para que, no plano interno como externo, os empresários possam apresentar projetos e que esses projetos possam ser financiados".
Durante esta apresentação de produtos feita por uma delegação conjunta da Internacional Financial Corporation (IFC) e da MIGA - Multilateral Investment Garantee Agency, ambas instituições do grupo Banco Mundial (BM), o governante reconheceu as limitações do mercado financeiro doméstico, sustentando no entanto que o financiamento não pode ser a razão para que os projetos não avancem.
"Os projetos empresariais de qualidade, bem montados, com capacidade para gerarem empregos e riquezas, se não tiverem oportunidades em Cabo Verde, podem ter oportunidades fora de Cabo Verde, num montante ilimitado", acrescentou.
Frisou que, com a apresentação da IFC/MIGA e de outras instituições financeiras que o Executivo pretende trazer a Cabo Verde, este quer "criar condições para que os empresários locais tenham contacto, acesso, informação e possam também apresentar projetos às entidades internacionais.
Olavo Correia sublinhou que o Governo está em condições de ajudar a trazer esse financiamento de que o setor privado necessita para implementar projetos a nível do turismo, agroindústria, tecnologias de informação e comunicação e indústrias criativas que são os setores prioritários já identificados para a captação do Investimento Direto Estrangeiro (IDE).
O encontro, organizado pela Cabo Verde TradeInvest e pelo Ministério das Finanças, teve como objetivo permitir que as duas instituições do BM apresentassem aos empresários cabo-verdianos os seus principais produtos e instrumentos de financiamento nas áreas financeiras, do agrobusiness, de infraestruturas, de serviços, entre outros.
A IFC, maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos países em desenvolvimento, foi fundada em 1956 e trabalha em mais de 100 países, ajudando empresas e instituições financeiras de mercados emergentes a criarem, nomeadamente, empregos, gerarem receitas tributárias e melhorarem a governança corporativa.
A MIGA tem como missão promover o IDE nos países em desenvolvimento aos quais concede apoios sob a forma de projetos e programas que tenham por objetivo o crescimento económico, a redução da pobreza e a melhoria da vida das pessoas.
Fonte: Panapress