Autarcas reúnem-se na Cidade Velha para socializar lei de prestação de serviços no setor do turismo

Os autarcas reuniram-se hoje na Cidade Velha para socializar uma lei de prestação de serviços do turismo que, segundo o diretor geral do setor, vem contribuindo com cerca de 22% no Produto Interno Bruto (PIB).

“O Governo escolheu as câmaras municipais como um dos parceiros fundamentais para o desenvolvimento  e,  sendo o turismo um dos principais motores deste desenvolvimento, o Ministério do Turismo tem trabalhado diretamente com as autarquias locais na elaboração das estratégias para o setor”, precisou  Francisco Martins.

Aquele responsável fez essas considerações à imprensa à margem da cerimónia de abertura do encontro que reuniu no berço da cabo-verdianidade autarcas de todo o país.

Segundo ele, sendo as câmaras municipais as instituições que trabalham diretamente com as populações, faz sentido que as autarquias locais sejam envolvidas na “implementação e diversificação” de um turismo “sustentável e com qualidade”.

Para Francisco Martins, Cabo Verde está a atravessar um “momento muito importante” do turismo e, por isso, a legislação que regula a atividade turística no país é um “instrumento importante” que dá aos operadores do setor as diretrizes sobre os investimentos, tanto por parte dos estrangeiros, como dos nacionais.

Esta lei, prosseguiu o diretor-geral do Turismo, foi criada em 2011 com o objetivo de “simplificar” algumas das atividades que estavam a ser realizadas e, no fundo, proporcionar um enquadramento   para as pessoas envolvidas em ações turísticas.

Na perspetiva do diretor-geral do Turismo, o que se pretende agora é ter a atividade turística regulamentada, de modo a enquadrar as pessoas envolvidas na prestação de serviços neste setor, num modelo “mais adequado”  para  que estas atividades sejam “bem estruturadas”  e  com “maior clarividência”  para todos os investidores do mercado.

Revelou, por outro lado, que no ano passado o arquipélago recebeu mais de 700 e 16 mil turistas e a meta é chegar, em 2021, a  um milhão desses visitantes.

“Estamos a crescer a um ritmo bom e com novas infraestruturas hoteleiras a serem construídas nas ilhas do Sal, Boa Vista e em Santiago”, indicou Francisco Martins.

O responsável acrescentou que a preocupação é de “diversificar”  o turismo  e torna-lo “mais democrático” a nível nacional e criar novos produtos, nomeadamente no domínio do turismo cultural rural, eco-turismo e de eventos para que haja  uma cadeia de valores que responda aos desafios do desenvolvimento de Cabo Verde.

O turismo corresponde neste momento a cerca de 22% do PIB, mas Martins quer que esta cifra aumente, porque, diz ele, o setor tem conhecido um “boom considerável” a nível nacional.

O saneamento é um dos fatores essenciais para o desenvolvimento do turismo e daí a razão de se estar a trabalhar  com  as câmaras municipais.

“A qualidade doturismovem ao de cima quando, a nível local, temos o tratamento do lixo, das águas residuais  e o embelezamento urbano adequados”, afiança a fonte da Inforpress, defendendo que isto faz com que a o turista se sinta satisfeito ao deparar com um “ambiente mais acolhedor”.

Instado se acredita que com a isenção de vistos para cidadãos europeus, a partir do próximo ano, contribuir para aumentar o numero de turistas no país, afirmou que esta facilitação nas fronteiras é um dos instrumentos para que o turismo tenha uma “maior fluidez”  e evitar que aqueles que visitam Cabo Verde estejam sujeitos a longas filas nas fronteiras para obtenção de autorização de entrada.

Relativamente à problemática dos transportes inter-ilhas o diretor-geral do Turismo entende que isto está a ser tratado pelo Governo de forma “muito competente”.

Fonte: Sapo Notícias

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