Fundo chinês financia projecto de energia em Cabo Verde
O fundo chinês de mil milhões de dólares destinado a investimentos de e para o universo lusófono aprovou financiamento para um projeto de energia solar no Brasil e está prestes a aprovar outro de hotelaria em Cabo Verde. O anúncio foi feito hoje em Macau, durante uma sessão de apresentação do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa aos empresários de Macau - no valor de quase 930 mil milhões de euros - de modo a que estes possam também concorrer a financiamento para projectos em países lusófonos.
O director-geral adjunto do departamento de gestão do fundo, Song Feng, afirmou que, além dos dois projetos em Angola e Moçambique, já anteriormente revelados, foi financiado um terceiro no Brasil, “um projeto solar pode atingir uma capacidade de 200MW (megawatts) na sua produção”.
O projeto tem um investimento total de 200 milhões de dólares e conta com financiamento de 20 milhões do fundo, que pretende “posteriormente injetar mais”.
Referindo que há “meia dúzia de projetos na fase final de análise”, Song Feng chamou a atenção para um de "uma empresa de Macau que investiu em Cabo Verde num hotel de cinco estrelas", numa referência ao projeto do empresário David Chow, diretor executivo da Macau Legend.
Este projecto "ainda está na fase de análise mas quase a finalizar" e deverá receber também 20 milhões de dólares de financiamento – Chow investiu cerca de 300 milhões de dólares. "Já finalizámos quase todas as etapas, só falta uma aprovação para poder arrancar esse projecto", que o fundo espera que consiga "trazer mais vantagens financeiras" ao país.
O projeto de David Chow, cônsul honorário de Cabo Verde, prevê a construção de uma estância turística no Ilhéu de Santa Maria, situado defronte da capital, Cidade da Praia, que cobrirá uma área de 152.700 metros quadrados e inaugura a indústria de jogos de azar no país.
O fundo, com o valor global de mil milhões de dólares, tinha aprovado já o financiamento de dois projetos: um proveniente da Angola e um chinês para Moçambique.
Fonte: A Semana