Rotas do Fogo: Projecto financiado pela União Europeia será lançado a 19 de Março pela Embaixadora da União Europeia
O projecto “Rotas do Fogo: modelo do agroturismo como reforço das organizações locais do turismo rural e sustentável na ilha do Fogo”, financiado pela União Europeia, será lançado oficialmente a 19 de Março.
O acto de lançamento do projecto contará com a participação da embaixadora da União Europeia em Cabo Verde, Sofia Moreira de Sousa, assim como dos presidentes das três câmaras municipais da ilha do Fogo
O programa, cuja execução é da responsabilidade da Organização Não Governamental Italiana, Cospe, tem a duração de dois anos e meio e um financiamento global de 553.430 euros, dos quais 498 mil euros são contribuição da União Europeia e a parte restante dos demais parceiros e instituições envolvidas.
Este projecto, que está enquadrado dentro das acções financiadas pela União Europeia, para promover o turismo sustentável e comunitário como factor de geração de rendimentos e melhoria das condições socioeconómicas em Cabo Verde, é o resultado de várias iniciativas que foram implementadas pela Cospe e seus parceiros.
Aquando do anuncio de financiamento, a responsável da Cospe na ilha, Carla Cossu, garantiu à Inforpress que com este projecto pretende-se criar oportunidades de rendimento através do turismo, a tutela do património ambiental e das cadeias produtivas locais (agro-pecuárias) e a participação nos processos de desenvolvimento, gestão e decisão local, sendo que o objectivo maior é melhorar as condições socioeconómicas e de protecção ambiental nas zonas rurais da Ilha do Fogo.
Rotas do Fogo vai trabalhar com as associações locais, como a de guias turísticos de Chã da Caldeiras, dos agricultores das zonas altas de Fogo, envolvendo um total de 280 pessoas, das quais metade são mulheres, com produtores locais, com duas cooperativas de produção de queijo e uma de transformação da fruta, envolvendo 160 pessoas, sendo metade do sexo feminino.
O projecto prevê, igualmente, trabalhar com 10 pousadas para alojamento, envolvendo 40 pessoas, 12 funcionários dos Municípios de São Filipe, Santa Catarina e Mosteiros, um grupo de mulheres (25) e outro de jovens (25), Parque Natural e Ministério da Agricultura e Ambiente.
Os beneficiários finais do projecto são os ttrabalhadores das empresas turísticas e agro-pecuárias de Fogo, jovens, turistas, estudantes das escolas primárias e secundarias, experimentação do modelo do agroturismo por parte dos produtores agro-pecuários e a sua promoção como ferramenta do desenvolvimento rural.
O suporte aos processos de produção sustentável e de transformação de produtos agro-pecuários por parte das cooperativas e associações, empoderamento das associações e cooperativas rurais e a dinamização da rede de promoção do turismo rural ( Natour Fogo) são outros propósitos.
A concepção e dinamização de itinerários de turismo rural, formação destinada à Associação de Guias Turísticos de Chã das Caldeiras, formação em Gestão de agroturismo, assistência técnica e capacitação sobre processos de produção ecológica e transformação agro-alimentar e criação do agro-parque, com actividades de sensibilização são algumas acções previstas para o primeiro ano.
Para o segundo ano, estão programadas a qualificação de casas rurais destinadas à recepção de turistas, visitas de estudo à Espanha (Ilhas Canarias) e Itália (Garfagnana), remodelação e equipamentos das unidades de transformação agro-alimentar, capacitação para associações e cooperativas rurais e abertura dum ponto de informação turística.
Para os últimos seis meses (terceiro ano), o projecto prevê a realização de ateliê nacional sobre as experiências e modalidades de agroturismo, com realização do evento “Roteiros dos Sabores”.