IPC realiza primeiro mergulho em arqueologia subaquática no ancoradouro da Cidade Velha

O Instituto do Património Cultural (IPC) realiza hoje, na Cidade Velha, o primeiro mergulho em arqueologia subaquática no ancoradouro da baia de Cidade Velha com o objectivo de fazer a georreferenciação do local

Segundo explicou à Inforpress o coordenador da Direcção de Monumentos e Sítios, Jaylson Monteiro, a iniciativa está inserida na primeira missão do projecto CONCHA da Cátedra UNESCO – o Património Cultural dos Oceanos – que visa desenvolver conhecimentos históricos e patrimoniais, no domínio da investigação, salvaguarda e valorização do legado subaquático.

“Nessa primeira fase vamos fazer a georeferenciação da baia de Cidade Velha, tirar algumas anotações para que em Julho e Agosto possamos fazer um trabalho mais detalhado com registo, levantamentos e escavações”, esclareceu, sublinhando que Cabo Verde é o primeiro país a acolher o este projecto, em 2018, que conta com o financiamento da União Europeia em parceria com a Universidade Nova de Lisboa.

Jaylson Monteiro afirmou que para esta segunda-feira, 23, esta prevista também um mergulho na zona da Gamboa, na Cidade da Praia, e no dia 24, em São Francisco.

O primeiro mergulho de prospecção arqueológica em Cidade Velha contou com a participação de dois técnicos portugueses, técnicos do IPC, Polícia Marítima e Guarda Costeira.

O projecto CONCHA explica as diferentes formas pelas quais as cidades portuárias se desenvolveram em torno da borda do Atlântico no final do século XV e início do século XVI em relação aos diferentes ambientes ecológicos e económicos globais, regionais e locais.

Para além de organizar oficinas académicas e publicações, o projecto pretende educar envolvendo o público em pesquisas históricas com uma série de conferências e exposições e auxiliando as instituições públicas no desenvolvimento da conservação do património e do turismo.

Fonte: InforPress

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