Ritmo de crescimento económico volta a acelerar em Cabo Verde
O ritmo de crescimento económico em Cabo Verde voltou a acelerar no primeiro trimestre de 2016, com o indicador a evoluir de forma positiva, face ao trimestre homólogo, depois do abrandamento registado no último trimestre do ano transato, apurou a PANA terça-feira na cidade da Praia de fonte estatística.
Conforme dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), resultantes de Inquéritos de Conjuntura aos Agentes Económicos, os setores do turismo, do comércio em feira, do transporte e serviços auxiliares aos transportes, da indústria transformadora e da construção foram os que mais contribuiram para este desempenho nos primeiros três meses do ano em curso.
De acordo com o documento, no setor do turismo, o indicador de confiança manteve a tendência ascendente dos últimos trimestres, registando o valor mais alto dos últimos sete trimestres consecutivos.
A nível do comércio em feira, cujo indicador se situou acima da média da série, foi registada uma evolução positiva face ao trimestre homólogo.
Já no setor da indústria transformadora, o indicador de confiança manteve a tendência descendente dos últimos trimestres, mas evoluiu positivamente face ao trimestre homólogo.
Outro setor que contribuiu para uma avaliação positiva da conjuntura económica no primeiro trimestre de 2016 foi o transporte e serviços auxiliares aos transportes, cujo indicador de confiança contrariou a tendência descendente dos últimos trimestres.
Em relação ao setor da construção, mesmo contrariando a tendência descendente dos últimos trimestres, foi registada uma evolução negativa face ao mesmo período do ano 2015.
A mesma situação aconteceu com o setor do turismo residencial em que o indicador de confiança manteve a tendência ascendente do último trimestre, mas evoluiu negativamente face ao trimestre homólogo, resultando numa conjuntura desfavorável neste setor.
No que se refere ao setor do comércio em estabelecimento, a conjuntura manteve-se estagnada.
Empresários dos diversos setores avaliados pelo INE apontaram o excesso de burocracia e regulamentações estatais, a insuficiência da procura, a falta de materiais e o nível elevado da taxa de juros, dificuldades na obtenção de crédito bancário, a falta de água e de energia, a concorrência e impostos excessivos como sendo os principais fatores limitativos durante o primeiro trimestre 2016.
Fonte: Panapress