Santo Antão: Empresa suíça interessada em colocar o queijo curado do Planalto Norte no mercado europeu
O queijo curado que, há quatro anos, se produz no Planalto Norte do Porto Novo, Santo Antão, está a suscitar o interesse de uma empresa suíça vocacionada para a produção e comercialização de queijos.
A informação foi avançada pelo produtor do queijo curado no Planalto Norte, António Sabino, que adiantou que essa empresa, cujo nome não avançou, já manifestou, através da organização não-governamental Atelier Mar, o interesse em importar este queijo para o mercado europeu.
O produtor garante que este queijo, já muito procurado a nível do mercado nacional, e que esteve patente, em Setembro, numa feira mundial em Itália, tem todas as condições para ser exportado além-fronteiras, faltando, porém a necessária certificação.
António Lima informou que a Fundação Slow Food, com sede em Itália, já reconheceu a qualidade deste queijo que, assim como o queijo fresco, precisa ser certificado, pelas autoridades cabo-verdianas.
Este criador consegue produzir, diariamente, 15 queijos curados.
Quanto ao queijo fresco, que se faz artesanalmente, também, no Planalto Norte do Porto Novo, este recebeu, em 2007, a chancela de património mundial do gosto, atribuída pela fundação Slow Food, a mesma organização que, em 2017, galardoou este queijo com a medalha “Slow Cheese Award”, atribuída desde 2011 aos artesãos e pastores de todo o mundo que rejeitam atalhos e continuam a produzir os seus produtos respeitando a sua naturalidade, tradições e sabores.
Tanto o queijo fresco, como o curado, todos “made in” Planalto Norte estão entre os melhores do mundo, segundo António Lima que aproveitou a presença do ministro da agricultura, este domingo, nesse planalto, para defender a necessidade de o Governo certificar esses dois produtos, já considerados “uma marca territorial” de Santo Antão.
Na edição deste ano da feira mundial do gosto, que decorreu, mês passado, em Turim, Itália, a presença dos queijos curado e fresco do Planalto Norte foi “uma grande oportunidade” para o “reconhecimento de Santo Antão no mundo”, segundo este produtor, informando que os dois produtos já fazem parte do “Top 10” do ranking dos melhores queijos a nível mundial.
O queijo fresco é produzido por 30 criadores que integram a cooperativa dos produtores da montanha, criada em 2005, que, segundo os seus responsáveis, aposta em melhorar, cada vez mais, a qualidade deste produto, com vista à sua afirmação a nível internacional.
Fonte: InforPress