FMI aprova Instrumento de Coordenação de Políticas que vai permitir Cabo Verde acelerar o crescimento económico
O vice-primeiro ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse ontem, dia 15, que o FMI aprovou o Instrumento de Coordenação de Políticas (PCI), que visa a implementação das reformas preconizadas no plano estratégico do Governo para o desenvolvimento sustentável
O governante, que falava em conferência de imprensa, disse que o Executivo, no quadro do seu programa de governação, solicitou a aprovação e apoio do FMI na implementação de programas macroeconómicos e estruturais, ao abrigo de um Instrumento de Coordenação de Politicas, denominado PCI, para o período compreendido entre Julho de 2019 e Janeiro de 2021.
Conforme explicou, este programa fornecerá um quadro económico sólido ao país, que procura desenvolver o turismo inclusivo em benefício de todas as ilhas, mas também transformar Cabo Verde numa plataforma de distribuição de tráfego aéreo e num centro internacional de negócios.
De acordo com o governante, o programa visa criar uma plataforma internacional e desenvolver uma plataforma digital de inovação tecnológica, expandir os serviços marítimos e apoiar as oportunidades locais de investimento e da diáspora.
Olavo Correia referiu também que o PCI centrar-se-á no reforço da sustentabilidade orçamental e da dívida publica, na modernização continua do quadro de política monetária, no reforço da resiliência do sistema financeiro, na melhoria do ambiente de negócios, no avanço das reformas do setor empresarial do Estado.
“A implementação do programa será monitorizada com base em metas quantitativas, metas contínuas padrão e metas de reforma, tal como diz o memorando de técnico de entendimento”, salientou.
O vice-primeiro ministro argumentou ainda que o país está perante um instrumento que não é habitual, sendo que, até hoje, só quatro países foram contemplados com esse programa, nomeadamente as Seicheles, a Sérvia, o Ruanda e agora, Cabo Verde.
“Trata-se de um programa para países reformistas, com bom quadro macroeconómico, países que promovam a estabilidade e que estão com nível de crescimento acima da média”, esclareceu.
Segundo o ministro, “este é um instrumento para premiar e promover o sucesso e ajudar os países bem-sucedidos a continuar na linha do sucesso”, destacando que o arquipélago “está a fazer parte do grupo dos melhores”.
Para o governante, quer-se uma economia diversificada e exportadora, explicando que os progressos alcançados até agora têm sido consideráveis como se pôde contactar através da aceleração substancial do crescimento económico, que se tem vindo a registar desde 2016.
Fonte: Sapo CV