FAO desembolsa $ 16,3 milhões para projetos de desenvolvimento em Cabo Verde

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) disponibilizou 16,3 milhões de dólares para o Governo de Cabo Verde para financiar projetos de desenvolvimento neste país.
Para tal, um documento Quadro de Programação acaba de ser assinado na cidade da Praia pelas duas partes para o período 2018-2022, de acordo com a fonte.
O documento, rubricado pelo representante da FAO em Cabo Verde, Rémi Nono Womdim, e pelo ministro cabo-verdiano da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, estabelece três áreas prioritárias que definem o quadro de colaboração entre as duas partes nos próximos quatro anos.
Conforme Gilberto Silva, neste momento, já está disponível uma “parte significativa” do volume financeiro necessário à implementação do documento Quadro de Programação do País, na sua totalidade, sendo que faltam mobilizar 57% deste montante.
“Fazem parte do quadro indicadores muito concretos do controlo de qualidade da sua execução e, para isso, temos que ter o sentido de coesão e integração. O quadro sumariza tudo aquilo que o país pretende realizar nos próximos anos, como por exemplo a melhoria do uso da água enquanto recurso natural e a contingentação dos animais.
A melhoria da governança da segurança alimentar e nutricional, a bem de grupos mais vulneráveis com políticas de proteção e inclusão social, e o aumento da renda da população, através da transformação e do crescimento em setores económicos chaves, incluindo a economia verde e a azul, são outras áreas prioritárias da ação da FAO em Cabo Verde.
A outra área definida como prioritária no âmbito do Quadro de Programação do País tem a ver com o desenvolvimento e a implementação de abordagens integradas e inovadoras para o gerenciamento sustentável e participativo de recursos naturais, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas e ao risco de desastres naturais.
“Este Quadro de Programação do País foi elaborado num contexto marcado pela ascensão ao poder, através de um processo democrático, de um novo Governo em 2016 e de um novo ciclo de programação”, revelou o representante da FAO em Cabo Verde.
Segundo Rémi Nono Womdim, a preparação do referido quadro foi realizada através de um processo de consultas participativas com todas as partes interessadas, nomeadamente os ministérios e instituições nacionais ligados ao setor, diferentes agências das Nações Unidas, instituições financeiras, organizações da sociedade civil e setor privado.
No entanto, ele adverte que, para um “total sucesso” na sua implementação, é necessária a apropriação do Quadro de Programação do País 2018-2022 por todos os parceiros envolvidos, sendo a sua permanente atualização uma “necessidade imperiosa”.

Fonte: PanaPress

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